Impulsionada pela abertura de vagas na indústria, a taxa de desemprego voltou a cair na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em maio, o número de desocupados foi de 195 mil, 10,2% da população economicamente ativa.
No mês anterior, eram 198 mil pessoas sem trabalho e o índice era de 10,5%. Em março, pior resultado no ano, chegou a 10,7%. Os dados constam na Pesquisa de Emprego e Desemprego (Ped-RMPA), divulgados ontem por Dieese, Fundação de Economia e Estatística (Fee) e Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social.
A redução do taxa ocorreu como resultado da abertura de vagas, principalmente, na indústria de transformação, onde foram criados 12 mil postos de trabalho em maio. O setor é um dos mais atingidos pela crise e um dos que mais havia demitido desde o início da recessão.
O setor de serviços também abriu 12 mil postos no mês, seguido pela construção civil (mais 6 mil) e comércio (mais 4 mil). O estudo também aponta elevação entre os trabalhadores autônomos - acréscimo de 6 mil. O nível ocupacional entre empregados domésticos caiu 6 mil, recuo de 6,7% do total de trabalhadores do setor.
O desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em maio, segundo dados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Levantamento
Após 24 anos sendo realizada todos os meses, a pesquisa, considerado o mapa mais completo do mercado de trabalho gaúcho, corre o risco de ser interrompida. O impasse resulta das dúvidas sobre o gerenciamento dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, vinculados ao Ministério do Trabalho.
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