Pela quinta vez em 2016, o saldo mensal de empregos com carteira assinada no agronegócio foi negativo em agosto. Os dados divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) revelam que naquele mês houve 11.502 admissões e 13.240 demissões no setor, com um saldo de 1.738 postos de trabalho fechados. No acumulado do ano, no entanto, os números são positivos, com a criação de 1.868 postos de trabalho - alta de 0,6%. Com isso, o estoque de empregos existentes passou de 316.863 em 31 de dezembro de 2015 para 318.731 em 31 de agosto de 2016.
O resultado de agosto foi puxado pelo segmento “depois da porteira”, composto de atividades agroindustriais, que teve saldo negativo de 3.028 vagas. “A intensificação dos desligamentos no setor de fabricação de produtos do fumo foi a principal responsável por esse desempenho”, explica o economista e coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE, Rodrigo Feix.
“Trata-se de um movimento que se acentua no mês de agosto de cada ano, quando parte da mão de obra contratada pelo setor no primeiro semestre é desmobilizada.” Ao mesmo tempo, os outros dois segmentos analisados tiveram saldos positivos. O “dentro da porteira”, formado por atividades características da agropecuária, fechou o mês com 735 postos a mais, e o “antes da porteira”, composto de atividades dedicadas ao fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos para a agropecuária, com 555 vagas a mais.
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