A taxa de desemprego na região metropolitana de Porto Alegre apresentou relativa estabilidade em agosto. Na comparação com julho, o índice passou de 10,4% para 10,3%. A informação integra pesquisa divulgada ontem por Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) e Dieese.
Com o resultado, o total de desempregados foi estimado em 188 mil pessoas - 2 mil a menos do que no mês anterior. Conforme o levantamento, o número está relacionado a leves variações no contingente de ocupados (mais 3 mil, ou 0,2%) e na força de trabalho (mais 1 mil, ou 0,1%).
- A geração de empregos vem reagindo lentamente. Há melhora relativa no mercado de trabalho, ainda não suficiente para reverter todo o quadro dos últimos anos - comenta a economista Cecília Hoff, da FEE.
O total de assalariados cresceu tanto no setor privado (mais 7 mil, ou 0,7%) quanto no público (mais 8 mil, ou 5%) em agosto. No privado, houve relativa estabilidade do emprego com carteira de trabalho (menos 2 mil, ou -0,2%) e aumento no grupo sem o documento (mais 9 mil, ou 13,2%).
- Há retomada. O que não é tão bom é o aumento nas vagas sem carteira de trabalho, que representam inserção de pior qualidade no mercado - declara Cecília, que projeta que a retomada na geração de empregos siga até o fim do ano.
Entre os setores, a maior alta percentual, de 2,7%, foi registrada pela construção (mais 3 mil ocupados). Também houve avanços de 2,2% na indústria de transformação (mais 6 mil) e de 1,2% no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 4 mil). No sentido contrário, serviços teve a única baixa, de 0,8% (menos 7 mil ocupados).
O tempo médio de procura por empregos na Grande Porto Alegre permaneceu em 39 semanas, ou seja, os trabalhadores que perderam suas vagas ficaram em torno de nove meses buscando oportunidades.
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