A taxa de desemprego total se manteve em 10,8% da População Economicamente Ativa (PEA) entre fevereiro e março de 2017. O número de desempregados em março foi estimado em 197 mil pessoas, 1 mil a menos em relação ao mês de fevereiro (198 mil). Os dados de março da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED/RMPA) foram apresentados ontem pela economista Iracema Castelo Branco, da Fundação de Economia e Estatística (FEE). O resultado ocorreu devido ao fato de que a redução da ocupação (menos 11 mil) foi um pouco inferior à queda da PEA (menos 12 mil).
A taxa de participação recuou de 51,6% para 51,3% no período em análise, atingindo o menor patamar da série histórica. Em março, a queda do nível ocupacional na RMPA foi de 0,7%, tendo sido estimado um contingente de 1,627 milhão de ocupados. Com referência aos setores de atividade econômica foi constatada a redução nos serviços (menos 24 mil ocupados) e na indústria de transformação (menos 7 mil) e acréscimo no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 12 mil) e na construção civil (mais 6 mil).
Segundo a posição na ocupação, baixou o total de assalariados (menos 28 mil), tanto no setor privado (menos 25 mil) quanto no setor público (menos 4 mil). No setor privado houve queda do emprego com carteira (menos 19 mil) e sem carteira (menos 6 mil). Em relação aos demais grupos, constatou-se aumento entre os trabalhadores autônomos (mais 17 mil) e empregados domésticos (mais 2 mil) e queda para o agregado nas demais posições: empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e profissionais liberais (menos 2 mil). Entre janeiro e fevereiro, o rendimento médio real caiu para o total de ocupados (-2%) e assalariados (-3%) e cresceu para os autônomos (1,4%). Os rendimentos passaram a R$ 1.841, R$ 1.840 e R$ 1.635.
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