O agronegócio gaúcho registrou saldo positivo na geração de empregos durante o mês de novembro, segundo análise divulgada ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). As 14.570 admissões superaram os 10.418 desligamentos.
Embora o levantamento tenha sido executado em meio ao período de transição para a reforma trabalhista — em vigor desde 11 de novembro —, a instituição de pesquisa entende que ainda não é possível observar o impacto das novas regras nos movimentos de demissões e contratações. Segundo o coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE, Rodrigo Feix, o desempenho do setor costuma ser de alta no último trimestre do ano, quando a safra de verão está sendo implantada.
“Temos alguns setores mais voltados ao mercado internacional, principalmente a produção de grãos, que não foram tão afetados pela crise dos últimos anos”, observa. A tendência é de que se mantenha a alta verificada até o momento no acumulado do ano, que tem saldo positivo de 8.075 postos de trabalho. O resultado final de 2017 deve ser divulgado dentro de duas semanas.
Apesar do destaque da área de máquinas (que vinha de uma sequência negativa nos últimos anos) e de carnes (mesmo com o impacto da Operação Carne Fraca), a atividade que mais contribuiu com o saldo foi a fruticultura, especialmente a colheita da maçã em Vacaria e região, com 1.341 vagas.
No segmento “antes da porteira”, formado por insumos, máquinas e implementos, o maior saldo veio da produção de sementes, com 1.749 empregos, concentrados em Cruz Alta, no Noroeste. O destaque negativo foi o setor de adubos e fertilizantes, com menos 266 postos.
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