A China já é o principal parceiro comercial do Rio Grande do Sul e o momento é extremamente favorável para a diversificação da pauta exportadora para a China. A observação é feita na Carta de Conjuntura FEE de outubro por Tarson Núñez, pesquisador em Ciência Política do Centro de Estudos Econômicos e Sociais da Fundação de Economia e Estatística (FEE). “Nossas exportações para o país asiático vêm crescendo de forma sustentada e constante desde o início do século XXI. De um patamar de 250 milhões de dólares no ano 2000, atingimos mais de 4,8 bilhões de dólares em 2015 e, de janeiro a junho de 2016, quase 26% do total das exportações gaúchas foram para o mercado chinês”, disse Núñez.
Há crescimento de 17,3% em valor durante os primeiros cinco meses de 2016 em relação a igual período de 2015, mesmo em um cenário difícil para o comércio internacional, com queda de preços das commodities. Núñez ainda assinala que, de janeiro a julho de 2016, por fator agregado, no Sistema de Exportações da FEE, 88,1% delas correspondem a produtos básicos, 8,5% a semimanufaturados e 3,3% a manufaturados. Segundo o pesquisador, vinhos e sucos, produtos com maior valor agregado como cortes de carnes premium, doces, balas e caramelos são produtos com alto potencial de aumento de exportações. Da mesma forma, artigos de cutelaria, calçados de alto padrão e itens de joalheria têm potencial para conquistar o mercado da nova classe média chinesa.
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