Um estudo recente divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) diz que as mulheres representam 49,5% da população mundial. A pesquisa aponta que, no mundo, 50 milhões de adolescentes,entre 15 e 19 anos, já estão casadas. Mais de 100 milhões de meninas e mulheres sofreram mutilação genital. A violência contra a mulher mata mais que o câncer; atingindo a vergonhosa estatística de 70% com idade entre 15 e 44 anos. A estatística das milhões de crianças que não sabem ler e escrever chega ao considerável índice de 16%, sendo 80% composta por meninas. Na média da população brasileira, as mulheres têm 10,7 anos de estudo, enquanto os homens ficam com 9,2 anos, de acordo com o IBGE.
A mulher analfabeta ganha 85% do salário de um homem também analfabeto. No caso dele e dela ter curso superior, a diferença aumenta. Segundo o Ministério do Trabalho, a mulher com curso superior só consegue 60% do rendimento financeiro masculino. Dados técnicos do IBGE apontam que a carga horária do homem, no emprego, e maior; mas o estudo não considera a jornada dupla desempenhada pelas mulheres. Segundo a extinta Fundação de Economia e Estatística (FEE) na análise de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad) de 2014 e do Ministério da Saúde, teve nas principais conclusões do levantamento, a partir da comparação entre mulheres com e sem filhos, que em geral, aquelas que são mães estudam menos e têm menor probabilidade de completar as diferentes etapas de escolaridade.
De acordo com o mesmo estudo, no Rio Grande do Sul, as mulheres sem filhos estudam mais e tem expectativa de vida maior que os homens: eles com 72 anos, elas com 79 em média. Apesar do contexto desigual, as mulheres conquistaram seu espaço por competência, liderança e conhecimento nas mais diversas áreas. Tenho a felicidade de conviver com mulheres que representam esta liderança como a professora Glaucia Ustra Soares, a farmacêutica Maníia Hollweg, as professoras Ana Tatsch e Taize Lopes, a engenheira Dirce Barcellos e a reitora da Unifra, irmã Iraní Rupo-lo. Neste 8 de março, quero que as mulheres sejam lembradas pelos exemplos de empreendedorismo, serenidade, paciência, persistência, sensatez e liderança. Dedico este texto às mulheres da minha vida, aos cargos mais importantes que tenho, o pai da Marina, esposo da Camila, o filho da Suzete, o irmão da Ane e da Ana.
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