A taxa do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul acumulou resultado negativo em 2016, segundo dados divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). A taxa ficou em -3,1% e com Valor Adicionado Bruto de -2,7%. O resultado, porém, é melhor que o desempenho nacional de -3,6%. Quando comparada ao trimestre anterior (o terceiro), a queda da economia gaúcha no quarto trimestre de 2016 foi de 0,5%. No âmbito nacional a retração é maior e chega a 0,9%. A taxa trimestral em relação ao mesmo trimestre do ano anterior no RS foi de -1,5%. No Brasil, de -2,5%. A queda só não foi mais drástica em função da recuperação da indústria de transformação.
Quanto ao trimestre anterior, a taxa registrou 2,7%. Frente ao quarto trimestre de 2015 o crescimento chega a 1,1%. O destaque desse impulso está na fabricação de máquinas e equipamentos, com avanço de 19,6% no período, devido principalmente à maior produção de tratores agrícolas, máquinas para colheita e suas partes e peças. Esse comportamento é decorrente da capitalização do setor agropecuário e das expectativas de safra para 2017. Segundo o Coordenador do Núcleo de Contas Regionais, Roberto Rocha, diante da atual recessão o setor de máquinas e equipamentos começa a dar início a uma recuperação.
“Ao mesmo tempo, as atividades que dependem da renda interna, o alto desemprego e os rendimentos reais ainda baixos dificultam a retomada”, avaliou. Com o desempenho de 2016 a economia gaúcha apresentou o terceiro ano consecutivo de crescimento negativo, acumulando -6,7% no período. O resultado é similar ao de -6,6% observado em 1990 e 1991. Segundo a FEE, a economia do Estado apresentou queda em três anos consecutivos pela última vez em 1980, 1981 e 1982, 3,8% na época. Na agropecuária, o desempenho foi prejudicado pela queda nas safras de arroz, milho e fumo: -13,7%, -15% e -21,6% respectivamente. Como resultado, a queda foi de 4,5% em 2016.
|