O Rio Grande do Sul voltou a registrar saldo positivo de empregos formais no agronegócio pelo segundo mês consecutivo. Em novembro, o número de admissões (14.570) foi superior ao de desligamentos (10.418), resultando na criação de 4.152 postos de trabalho com carteira assinada, informam os dados da Fundação de Economia e Estatística (FEE) divulgados nesta quinta-feira.
Os três segmentos do agronegócio aumentaram o número de empregos em novembro. O resultado mais expressivo ocorreu no segmento “dentro da porteira”, formado por atividades características da agropecuária. O acréscimo de 2.243 postos foi liderado pelos setores de produção de lavouras permanentes e temporárias. O cultivo de frutas foi o que mais contribuiu para esse saldo, com a com mobilização expressiva de mão de obra para a colheita da maçã no município de Vacaria, resultando em mais 1.341 postos.
No segmento “antes da porteira”, que abrange as atividades dedicadas ao fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos para a agropecuária, foram criados 1.283 postos de trabalho com carteira assinada. O maior saldo positivo foi no setor de produção de sementes e mudas certificadas, com mais 1.749 empregos, concentrado sobretudo em Cruz Alta, onde foram criados 1.729 empregos nesse setor.
Já os destaques negativos foram os setores de fabricação de adubos e fertilizantes (-266 postos) e de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários (-240 postos). Já no segmento “depois da porteira”, composto por atividades agroindustriais e de comércio atacadista, houve incremento de 626 postos de trabalho. Nesse segmento, foram criados 774 empregos no setor de fabricação de conservas e 417 empregos no setor de abate e fabricação de produtos de carne.
Já o setor com maior saldo negativo foi o de comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais. Em relação a novembro de 2016, houve acréscimo de 114 postos de trabalho, passando de 4.038 empregos com carteira assinada para 4.152. Na comparação desses dois meses, o setor com maior variação positiva no saldo de empregos foi o de produção de lavouras permanentes.
No acumulado de janeiro a novembro de 2017, foram criados 8.075 empregos com carteira assinada no agronegócio gaúcho. Em igual período de 2016, o saldo entre admissões e desligamentos foi de 8.554 empregos, resultando em uma variação negativa de 479 postos.
Rebanhos mostram boas condições
De acordo com a Emater, as condições de produção da pecuária de corte estão satisfatórias para a época, com boa condição corporal e ótimo desenvolvimento dos terneiros desta temporada. O clima tem ajudado a produção de forragem das pastagens naturais. Na região de Bagé, o período de reprodução continua; os touros estão trabalhando e protocolos de inseminação estão sendo desenvolvidos.
Atualmente, o rebanho leiteiro é manejado em pastoreio de espécies perenes (tífton 85, jiggs, capim elefante e braquiárias melhoradas), as quais apresentam menor custo de produção ao agricultor, além de serem forrageiras de excelente qualidade nutricional. Em complemento à grande necessidade de alimentação, os produtores fazem uso também de pastagens anuais, como capim sudão, sorgo e milheto.
Neste período intensificam-se os trabalhos de realização de silagem, insumo que garante complementação na dieta do rebanho.
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