Líder de arrecadação na disputa eleitoral de Porto Alegre, a candidata do PC do B, Manuela D"Ávila, vem insinuando que adversários fazem uso de recursos de "caixa dois" na campanha.
Pelo Twitter, ela já se disse "surpresa" com o dado e afirmou que declara mais porque "presta contas de tudo". Em outra ocasião, defendeu, sem citar nomes, que a legislação eleitoral tenha um mecanismo sobre "sinais evidentes de riqueza".
A deputada federal licenciada já arrecadou R$ 1,5 milhão, de acordo com a segunda parcial do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), divulgada na semana passada. A maior parte dos recursos veio da direção nacional do partido, que tem nela uma das esperanças de vencer em uma grande cidade.
O prefeito José Fortunati (PDT) disse ter obtido R$ 300 mil a menos. O petista Villaverde, com o segundo maior tempo de TV, declarou arrecadação de menos de R$ 500 mil.
O presidente do PC do B na cidade, Adalberto Frasson, diz que há campanhas que declaram menos, mesmo estando em "outro nível". "Quem anda em Porto Alegre conhece como as campanhas estão sendo feitas, quem tem volume de gente nas ruas, de carros", diz.
A coordenação de campanha de Fortunati disse que não comentará as declarações de Manuela e que concorre de maneira "limpa e ética". No último Datafolha, o prefeito obteve 41% das intenções de voto, contra 30% de Manuela. (FELIPE BÄCHTOLD)
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