Em maio, as exportações do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 1,787 bilhão, um aumento de US$ 11 milhões em relação a maio de 2016 (+0,62%). Esse crescimento é resultado da elevação dos preços (+6,75%), embora tenha ocorrido a retração dos embarques ao exterior (-5,75%). Com isso, o Estado permaneceu como o terceiro maior exportador do País, com 9% das vendas externas brasileiras. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). As vendas de produtos manufaturados apresentaram crescimento, enquanto os produtos básicos e semimanufaturados sofreram retração.
No caso dos manufaturados, as exportações alcançaram US$ 615,5 milhões (elevações de US$ 109,5 milhões, 21,6% em valor, 3,8% em volume e 17,2% nos preços), respondendo por 34,4% da pauta exportadora no mês. Já as vendas de produtos básicos corresponderam a US$ 1,04 bilhão, uma diminuição de US$ 50,5 milhões (menos 4,6% em valor, 4,2% em volume e 0,4% em preço), respondendo por 58,6% da pauta. Por sua vez, os semimanufaturados alcançaram US$ 106,6 milhões (retrações de US$ 54,1 milhões, 33,6% em valor, 32,2% em volume e 2,1% nos preços), representando 6% da pauta. Os produtos mais vendidos em maio pelo Estado foram soja em grão (37,6%), farelo de soja (5,2%), carne de frango (5,1%), polímeros (5%), fumo (4,6%) e automóveis de passageiros (4,5%).
Já os principais países de destino dos produtos gaúchos foram China (37,6%), Argentina (9,6%), Estados Unidos (6,4%), Coreia do Sul (3,4%) e Vietnã (3,3%). Ressalta-se que esses seis produtos representaram mais da metade das receitas auferidas pelo Rio Grande do Sul em maio, e os referidos países, 60% da pauta. Em maio, o expressivo aumento das vendas de automóveis de passageiros, tanto em valor (US$ 50,6 milhões ou 170,9%) quanto em volume (+197,3%), foi decisivo para o resultado positivo da receita exportadora gaúcha, com destaque para o crescimento de mais de 4,5 mil unidades apenas para a Argentina, além de mais de 2,7 mil unidades somadas para Chile, Peru, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Com isso, a participação desse produto na pauta exportadora do Estado passou de 1,7% em maio de 2016 para 4,5% em maio de 2017. Segundo Bruna Kasprzak Borges, economista do Centro de Indicadores Econômicos e Sociais da FEE, “o aumento nas exportações de carros decorre, por um lado, dos acordos automotivos no âmbito do governo federal de 2015 e, por outro, do aumento da parte da produção voltada para o exterior. É um modo de compensar a queda no mercado interno”.
Outros destaques foram as elevações dos embarques de tratores (mais US$ 7,9 milhões; 51,0% em valor e 52,6% em volume), sobretudo para Argentina; e de partes e peças de veículos (mais US$ 7,9 milhões), para Argentina e Estados Unidos. Por sua vez, os embarques de soja recuaram US$ 22,6 milhões (retração de 3,3% em valor, 2,7% em volume e 0,5% em preço). Nos cinco primeiros meses deste ano, as exportações gaúchas somaram US$ 6,611 bilhões, uma elevação de US$ 714,3 milhões em relação ao mesmo período do ano passado (mais 12,1% em valor, 7,0% em volume e 4,8% em preço), com 7,5% das exportações nacionais. Os maiores crescimentos das receitas, até agora, vieram das vendas de soja em grão (mais US$ 407,2 milhões), automóveis de passageiros (mais US$ 144,9 milhões), hidrocarbonetos (mais US$ 79,7 milhões), demais produtos manufaturados (mais US$ 48,9 milhões), e máquinas e aparelhos para uso agrícola (mais US$ 47,6 milhões).
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