A Fundação de Economia e Estatística (FEE) está desenvolvendo uma programação especial para comemorar os 43 anos da instituição, que serão completados no próximo domingo. A primeira atividade alusiva ao evento foi o lançamento da publicação FEE Setorial, realizado na tarde de ontem na sede da instituição. A publicação tem como objetivo realizar uma análise de um segmento da economia gaúcha. O primeiro tema abordado foi a Celulose de Mercado. Para isso, o evento contou com a palestra do presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes. O executivo abordou o tema “As perspectivas do setor de celulose para a economia gaúcha e brasileira”, e afirmou que o país tem uma grande perspectiva de crescimento no setor.
Entretanto, Lídio Nunes externou sua preocupação com o parecer da Advocacia Geral da União (AGU), aprovado em 2010, que diz respeito ao maior controle do Estado sobre as aquisições de terrenos por empresas do exterior. “Vários segmentos de agronegócio ficam prejudicados, já que as empresas com capital estrangeiro ficam limitadas pelo impedimento da compra de terrenos”, alegou o empresário. Segundo o presidente da Celulose Riograndense, por conta do potencial tecnológico há expectativa de maior produtividade no setor de celulose, mas o impedimento constituído através do parecer poderá prejudicar, inclusive, o governo federal e estadual. “O Brasil tem que saber propiciar o crescimento. A ampliação do setor resulta no crescimento do próprio Estado”, ressaltou. Por outro lado, o presidente da companhia acredita que a reversão da medida poderia ocorrer visto os benefícios.
“O governo está imbuído para construir linhas de investimento. Está seria uma”, enfatizou. A Fundação de Economia e Estatística programou ainda lançamento de outras publicações da FEE Setorial no próximo semestre. Setores como o calçadista, moveleiro e de equipamentos médicos serão alguns dos temas abordados em 2017. “A publicação tem como finalidade estabelecer uma análise de setores tradicionais e inovadores da economia gaúcha”, contou a economista da FEE Fernanda Queiroz.
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