19/08/2016

Diário de Canoas

Comunidade | Pág. 6

Os moradores da região estão utilizando mais energia elétrica. Nos últimos dez anos o consumo residencial cresceu 47,16% na região do Vale dos Sinos. O dado foi revelado em pesquisa do ObservaSinos, através das informações divulgadas pela Fundação de Economia e Estatísticas (FEE) do Estado. Em Canoas, a evolução de 2006 para 2015 foi de quase 200 megawatts por hora a mais. De acordo com o economista, pesquisador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Cesar Stallbaum Conceição, o que gerou este aumento de consumo nas residências é o processo de crescimento econômico com inclusão social, na última década, até 2014.

Segundo o economista esse processo provocou uma maior demanda por eletrodomésticos e bens de consumo nas residências, especialmente da linha branca. "Esse movimento pode ser observado através do maior consumo de energia elétrica, não apenas na região do Vale do Sinos, como também na economia gaúcha e brasileira", observa.

TECNOLOGIA MAIS ECONÔMICA

Nova Santa Rita foi destaque no estudo, com impulso de 171% do consumo na última década. A maior parcela foi de 2011 para 2012, passando de 51.941 para 103.400 megawatts por segundo. Na indústria, apenas em Canoas o consumo industrial não foi maior que o residencial. No Estado, a indústria teve redução no percentual, em quase 10%. Em Canoas, cresceu, mas ainda assim pouco, considerando o período de dez anos e a demanda energética do setor.

A avaliação é presidente do Sindicato das Indústrias Metal Mecânicas e Eletro Eletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan), Roberto Machemer. "A operação na indústria caiu bastante, mais de 50%", calcula Machemer que também aponta, além da redução na produção industrial, processos mais econômicos, com implantação de tecnologias mais econômicas energeticamente.

ELAS DISSERAM

"Desligo a luz dos cômodos descapados e substitui as lâmpadas comuns pelas econômicas.''

ELSI RIBEIRO, 65 anos, pensionista

"Gasto bastante, principalmente no inverno. Ligo muito o aquecedor e os banhos são longos."

GLADIS HEBERLE, 70 anos, aposentada

Consumo em Canoas (VER IMAGEM)