O tema tem movimentado planejadores públicos tradicionais, economistas, professores e políticos: a eventual extinção da Fundação de Economia e Estatística (FEE), pelo governo do Estado – consoante projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa.
Os principais argumentos relacionados com essa ideia dizem respeito à elaboração de trabalhos, pela FEE, que poderiam ser feitos mais adequadamente pelas universidades. De fato, no rol de seus trabalhos, encontram-se teses e ensaios, possivelmente de grande valor acadêmico, tais como: teoria econômica e Estado (de Quesnay a Keynes); econometria; política monetária; produção capitalista; burguesia industrial e Estado nacional; participação das mulheres em igrejas cristãs; refugiados da atual guerra na Síria; neoliberalismo na Nova República; valor, preços e distribuição (de Ricardo a Marx), entre outros.
De outra parte, a FEE possui excelentes trabalhos relacionados com as necessidades diretas do Estado do Rio Grande do Sul, tais como, índices e indicadores econômicos; emprego e desemprego; cálculos do produto interno bruto regional, dentre outros, de real importância para o Estado e para o setor privado (indústria, comércio, agricultura e agronegócio) do Rio Grande do Sul.
Ora, uma solução intermediária seria mudar a pauta dos trabalhos da FEE, passando esta a dedicar-se exclusivamente às mais diretas necessidades das gestões empresariais do Estado e do setor privado, evitando-se assim a elaboração acadêmica – típica do mundo universitário.
Enfim, seria a transformação da FEE numa entidade diretamente ligada às questões do Rio Grande do Sul. Assim, antes de sua extinção, poderia o governo do Estado reformular seu projeto de lei – que seria uma saída para as atuais discordâncias sobre o destino da Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser.
*Economista
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