Em fevereiro de 2017, o agronegócio do Rio Grande do Sul apresentou saldo positivo de empregos formais. O número de admissões (21.707) foi superior ao de desligamentos (15.160), resultando na criação de 6.547 postos de trabalho com carteira assinada. Essa variação representa um aumento de 2% no estoque estimado de empregos do setor, comparativamente a janeiro de 2017. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). Trata-se do segundo mês consecutivo que o agronegócio registra saldo positivo de empregos com carteira assinada no Rio Grande do Sul.
Segundo Rodrigo Feix, economista e coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE, “historicamente, os primeiros meses do ano são caracterizados pela ocorrência de saldos positivos de empregos no agronegócio gaúcho, fenômeno explicado, sobretudo, pela mobilização de mão de obra para as atividades direta e indiretamente impactadas pelo avanço da safra de verão no Estado”. Em fevereiro, o movimento de criação de empregos foi generalizado nos três segmentos que compõem o agronegócio (“antes”, “dentro” e “depois” da porteira).
O segmento “depois da porteira”, composto predominantemente de atividades agroindustriais, liderou a criação de empregos (mais 4.439 postos; alta de 2,3% no estoque). Já o “dentro da porteira”, constituído de atividades características da agropecuária, foi registrada a criação de 1.920 postos de trabalho (alta de 2,1% no estoque). Após dois meses de queda, o segmento “antes da porteira” voltou a criar empregos com carteira assinada. Nesse segmento, formado de atividades dedicadas à oferta de insumos, máquinas e equipamentos para a agropecuária, o saldo foi positivo em 188 empregos (alta de 0,5% no estoque).
Na comparação com igual período do ano anterior, observa-se que a criação de postos de trabalho no agronegócio gaúcho em fevereiro de 2017 foi ligeiramente superior (crescimento de 303 empregos gerados). Nos dois primeiros meses do ano, os setores que compõem o agronegócio gaúcho foram responsáveis pela criação de 12.551 postos de trabalho com carteira assinada. Apesar de garantir ao Rio Grande do Sul a posição de líder nacional na criação de empregos do agronegócio nesse período, o resultado é inferior ao registrado em 2016, quando foram gerados 15.367 postos de trabalho.
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