O serviço doméstico apresentou crescimento de 2,3% em 2016, enquanto o nível ocupacional registrou a mais intensa retração de toda a série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre desde 1993. Dados apresentados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) nesta quarta-feira mostram uma análise do trabalho doméstico em 2016 e mostram a forma de contratação, região de moradia e de trabalho, jornada média de trabalho, rendimento médio real por hora e contribuição para a Previdência.
Em 2016, a participação dos serviços domésticos foi 5,5% no total dos ocupados, com as mulheres representando 97,3% do segmento. Enquanto o nível de ocupação feminina total registrou retração de 4,7% (menos 38 mil ocupadas), a participação do emprego doméstico na ocupação feminina apresentou crescimento, pelo segundo ano consecutivo, ao passar de 10,8% em 2015 para 11,6% em 2016. Esse crescimento por dois anos seguidos acompanha a trajetória de comportamento adverso por dois anos consecutivos do mercado de trabalho, frente uma conjuntura de forte recessão da atividade econômica.
A pesquisa estimou em 90 mil as trabalhadoras domésticas na RMPA, em 2016, um pequeno acréscimo de 2 mil em relação ao ano anterior. Em 2016, o contingente estimado foi de 45 mil empregadas com carteira assinada, 14 mil empregadas sem carteira e 31 mil trabalhadoras diaristas. Já o rendimento médio real para o total de trabalhadoras domésticas apresentou redução de 6,3%. Em valores monetários, o rendimento médio real correspondeu a R$ 1.126,00.
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