Camila Domingues/Palácio Piratini
Quase 100% da soja gaúcha foi comercializada com a China no primeiro trimestre de 2017 As maiores receitas desde 2013, a elevação dos preços após dois anos e o maior volume embarcado na história. Dados do 1º trimestre deste ano nas exportações gaúchas e revelados nesta terça-feira (25) pela Fundação de Economia e Estatística (Fee), em coletiva na capital. Foram 3,318 bilhões de dólares, elevação de 509,2 milhões de dólares em relação ao mesmo período de 2016 (18,1%), seguindo o desempenho positivo brasileiro (mais 24,4% em valor).
Crescimento explicado pelo aumento da quantidade embarcada ao exterior (13,3%) e do preço médio dos produtos exportados (4,3%), o que deixou o Rio Grande do Sul na sexta colocação entre os estados brasileiros, com 6,6% das vendas externas no período. "Quando a gente abre esses principais produtos exportados vemos a soja em grão contribuindo intensamente com os embarques, com mais de um milhão de toneladas e resultado superior aos quatro últimos trimestres somados", exaltou o economista Tomás Torezani, que apresentou o levantamento.
Resultado, segundo ele, explicado pela quantidade de grãos não vendida na safra passada. "Em função dos preços no segundo semestre, que fez os produtores segurarem um pouco esses grãos e vendendo em parte agora", disse. A soja, na sua quase totalidade (99,7%), teve como destino a China. Torezani também destacou o recorde no embarque de automóveis e as carnes, em especial frango e suína, principalmente nos dois primeiros meses do ano, mesmo que em março tenha ocorrido retração já com possíveis reflexos da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Automóveis
Os embarques de automóveis de passageiros somaram 77,9 milhões de dólares, 147,8% em valor e 165,2% em volume. Um recorde histórico para o primeiro trimestre, com quantidades e receitas superiores aos primeiros trimestres dos últimos três anos. Apenas neste trimestre foram vendidas 15,9 mil unidades de automóveis, enquanto foram embarcadas 12,9 mil unidades no somatório do mesmo período dos últimos três anos. Em relação a igual período de 2016, o crescimento de 9,977 mil unidades vendidas deu-se, sobretudo, pelas vendas para a Argentina (aumento de 4,813 mil unidades) e o Chile (elevação de 3,478 mil unidades), na esteira da celebração de acordos automotivos que vêm sendo feitos desde o ano de 2015, em especial com os países latino-americanos, além da recessão no mercado interno.
Carnes
Outros produtos que mais contribuíram para o crescimento das receitas nos três primeiros meses de 2017 foram a carne de frango, com maior embarque desde 2008 (mais 54,9 milhões de dólares, 24,8% em valor e 7,3% em volume), a carne suína, com maior embarque desde 2009 (mais 31,6 milhões de dólares, 40,6% em valor e 1,3% em volume) e os hidrocarbonetos (mais 30,6 milhões de dólares, 59,9% em valor e 3,4% em volume).
Retrações
Em contrapartida, os produtos que apresentaram as maiores retrações nas receitas foram fumo em folhas (-40,5% em valor e -35,6% em volume), celulose (-34,2% em valor e -20,7% em volume), arroz em grãos (-36,3% em valor e -51,1% em volume), couros e peles (-17,4% em valor e -12,0% em volume) e farelo de soja (-8,1% em valor e -10,3% em volume).
Quase 100% da soja gaúcha foi comercializada com a China no primeiro trimestre de 2017 As maiores receitas desde 2013, a elevação dos preços após dois anos e o maior volume embarcado na história. Dados do 1º trimestre deste ano nas exportações gaúchas e revelados nesta terça-feira (25) pela Fundação de Economia e Estatística (Fee), em coletiva na capital. Foram 3,318 bilhões de dólares, elevação de 509,2 milhões de dólares em relação ao mesmo período de 2016 (18,1%), seguindo o desempenho positivo brasileiro (mais 24,4% em valor).
Crescimento explicado pelo aumento da quantidade embarcada ao exterior (13,3%) e do preço médio dos produtos exportados (4,3%), o que deixou o Rio Grande do Sul na sexta colocação entre os estados brasileiros, com 6,6% das vendas externas no período. "Quando a gente abre esses principais produtos exportados vemos a soja em grão contribuindo intensamente com os embarques, com mais de um milhão de toneladas e resultado superior aos quatro últimos trimestres somados", exaltou o economista Tomás Torezani, que apresentou o levantamento.
Resultado, segundo ele, explicado pela quantidade de grãos não vendida na safra passada. "Em função dos preços no segundo semestre, que fez os produtores segurarem um pouco esses grãos e vendendo em parte agora", disse. A soja, na sua quase totalidade (99,7%), teve como destino a China. Torezani também destacou o recorde no embarque de automóveis e as carnes, em especial frango e suína, principalmente nos dois primeiros meses do ano, mesmo que em março tenha ocorrido retração já com possíveis reflexos da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Automóveis
Os embarques de automóveis de passageiros somaram 77,9 milhões de dólares, 147,8% em valor e 165,2% em volume. Um recorde histórico para o primeiro trimestre, com quantidades e receitas superiores aos primeiros trimestres dos últimos três anos. Apenas neste trimestre foram vendidas 15,9 mil unidades de automóveis, enquanto foram embarcadas 12,9 mil unidades no somatório do mesmo período dos últimos três anos. Em relação a igual período de 2016, o crescimento de 9,977 mil unidades vendidas deu-se, sobretudo, pelas vendas para a Argentina (aumento de 4,813 mil unidades) e o Chile (elevação de 3,478 mil unidades), na esteira da celebração de acordos automotivos que vêm sendo feitos desde o ano de 2015, em especial com os países latino-americanos, além da recessão no mercado interno.
Carnes
Outros produtos que mais contribuíram para o crescimento das receitas nos três primeiros meses de 2017 foram a carne de frango, com maior embarque desde 2008 (mais 54,9 milhões de dólares, 24,8% em valor e 7,3% em volume), a carne suína, com maior embarque desde 2009 (mais 31,6 milhões de dólares, 40,6% em valor e 1,3% em volume) e os hidrocarbonetos (mais 30,6 milhões de dólares, 59,9% em valor e 3,4% em volume).
Retrações
Em contrapartida, os produtos que apresentaram as maiores retrações nas receitas foram fumo em folhas (-40,5% em valor e -35,6% em volume), celulose (-34,2% em valor e -20,7% em volume), arroz em grãos (-36,3% em valor e -51,1% em volume), couros e peles (-17,4% em valor e -12,0% em volume) e farelo de soja (-8,1% em valor e -10,3% em volume).